Flora espontânea

Galeria da flora espontânea na Lusco-Fusco que pretendemos identificar e divulgar.

Abrótea, Cebola-abrótea (Asphodelus ramosus)

Abrótea, Cebola-abrótea (Asphodelus ramosus)

Medicinalmente diz-se que a abrótea é anti-espasmódica, diurética e emenagoga.

A preparação de um grude ou cola muito forte, a partir do pó dos tubérculos amassado em água fria, formando uma pasta amarelada. Era utilizada antigamente pelos sapateiros e encadernadores.

Hoje em dia, poucos fitoterapeutas mencionam a abrótea nos seus compêndios. Exceptua-se o Dr. João Ribeiro Nunes que refere a utilização dos rizomas cortados às rodelas, ou o respectivo suco para friccionar na pele, a fim de activar a cicatrização no tratamento de eczemas, impigens e ulcerações das mucosas. Praticamente o mesmo é dito pelo Dr. Oliveira Feijão na “Medicina pelas Plantas” e pelo Dr. Lyon de Castro na sua obra “Medicina Vegetal”.

Fonte: http://marouva.blogspot.com/2009/12/abrotea-ou-magao.html?m=1

Anémona, Flor-do-Vento (Anemone palmata)

Anémona, Flor-do-Vento (Anemone palmata)

Roselha-grande (Cistos albidus) | Cistácias

Roselha-grande (Cistos albidus)

Dos 5 géneros da família Cistácias que existem em Portugal destacam-se dois: o género Cistus, que é o mais representativo e o género Halimium. De uma forma muito grosseira são as espécies popularmente denominadas como estevas ou sargaços.

Será fácil reconhecer a sua existência, fazem parte da paisagem de quase todo o nosso território e na Primavera é impossível não reparar na sua floração abundante, nas suas cores ou no seu aroma/cheiro adocicado – sobretudo nos grandes estevais da costa vicentina ou de Trás-os-Montes para dar dois exemplos.

Como escreveu Margarida Costa da APH – Associação Portuguesa de Horticultura no artigo “Estevas e sargaços no seu jardim” são plantas que estão “adaptadas a solos pobres e a períodos de seca prolongados”.

Esta planta é rica em pólen e néctar para insectos polarizadores, possui folhas aveludadas verde-cinza. Apresenta generosa floração de Maio a Junho. Enormes e delicadas flores de 5 pétalas cor-de-rosa que se renovam diariamente.

As suas sementes são de fácil germinação e 1 a 2 semanas será possível começar a ver crescer uma longa bordadura ou sebe de roselhas.

Fonte: (Sementes de Portugal)

Esteva ou Chagas de Cristo (Cistus ladanifer) | Cistácias

Esteva ou Chagas de Cristo (Cistus ladanifer)

A Esteva, também conhecida por Chagas de Cristo, devido às máculas bordeaux em cada uma das suas cinco pétalas. Nem sempre as suas flores apresentam as tão características máculas nas pétalas. Se as encontrar totalmente brancas trata-se da mesma espécie.

Prefere solos ácidos sejam eles xistosos ou graníticos. Prefere mas não é requisito. Sobre solos calcários ou mais siliciosos também perfeitamente possível disfrutar das suas enormes flores logo ao início da Primavera.

O seu nome “ladanifer” tem origem na resina que as suas folhas produzem – o ládano – a qual proporciona  um aspecto brilhante às suas folhas. Esta resina, que hoje é bastante valorizada pela industria de cosmética pelas suas propriedades fixadoras de outras essências, está também na origem da sua utilização como bom material combustível pelas nossas populações locais.

É um arbusto que pode atingir até 3 metros e deve-se reconhecer que não tem um porte compacto. Por isso, a colocar num jardim, sugere-se que se siga a norma universal do sentido estético e funcional de arrumar os móveis mais altos no fundo de um dado espaço. De preferência num conjunto de vários pés para que a mancha seja mais harmoniosa. Assim colocadas, com boa exposição solar e em solo bem drenado os resultados são garantidos: Um festim para abelhas e escaravelhos que adoram empanturrar-se do seu néctar.

As suas pétalas podem ser, como refere Fernanda Botelho na sua Agenda 2014 – Plantas Medicinais, Ervas silvestres e flores comestíveis – consumidas frescas ou desidratadas. Já as suas folhas e cápsulas são utilizadas como condimentares na confecção de coelho manso por lhe dar um sabor próximo do de coelho bravo.

Quanto aos usos medicinais, e ainda transcrevendo a Fernanda Botelho, o seu óleo essencial tem propriedades anticépticas podendo ser utilizado como desinfectante de feridas. Na medicina popular do sul do país é ainda considerada como indicada  para o tratamento do mau cheiro dos pés!

Nota 1 – Em Portugal ocorre na costa vicentina uma subespécie – Cistus ladanifer subsp. sulcatus , que para alguns é uma espécie autónoma (Cistus palhinhae). O seu porte arbustivo mais compacto confere-lhe um ainda maior interesse ornamental.

Nota 2 – E talvez a mais importante, o blogue Plantas e flores do Areal, tem uma entrada bastante completa e detalhada sobre esta planta. Para quem quiser aprofundar e ver mais (boas) fotos de estevas é só clicar aqui. Nela, a Fernanda Nascimento esclarece-nos, entre outras coisas, a diferença entre o ládano, a resina da esteva, e láudano, uma substancia de nome parecido mas completamente diferente.

Fonte: (Sementes de Portugal)

Tojo-molar (Ulex minor Rothm) | Fabaceae

Roselha-grande (Cistos albidus)

Dos 5 géneros da família Cistácias que existem em Portugal destacam-se dois: o género Cistus, que é o mais representativo e o género Halimium. De uma forma muito grosseira são as espécies popularmente denominadas como estevas ou sargaços.

Será fácil reconhecer a sua existência, fazem parte da paisagem de quase todo o nosso território e na Primavera é impossível não reparar na sua floração abundante, nas suas cores ou no seu aroma/cheiro adocicado – sobretudo nos grandes estevais da costa vicentina ou de Trás-os-Montes para dar dois exemplos.

Como escreveu Margarida Costa da APH – Associação Portuguesa de Horticultura no artigo “Estevas e sargaços no seu jardim” são plantas que estão “adaptadas a solos pobres e a períodos de seca prolongados”.

Esta planta é rica em pólen e néctar para insectos polarizadores, possui folhas aveludadas verde-cinza. Apresenta generosa floração de Maio a Junho. Enormes e delicadas flores de 5 pétalas cor-de-rosa que se renovam diariamente.

As suas sementes são de fácil germinação e 1 a 2 semanas será possível começar a ver crescer uma longa bordadura ou sebe de roselhas.

Fonte: (Sementes de Portugal)

Esteva ou Chagas de Cristo (Cistus ladanifer) | Cistácias

Esteva ou Chagas de Cristo (Cistus ladanifer)

A Esteva, também conhecida por Chagas de Cristo, devido às máculas bordeaux em cada uma das suas cinco pétalas. Nem sempre as suas flores apresentam as tão características máculas nas pétalas. Se as encontrar totalmente brancas trata-se da mesma espécie.

Prefere solos ácidos sejam eles xistosos ou graníticos. Prefere mas não é requisito. Sobre solos calcários ou mais siliciosos também perfeitamente possível disfrutar das suas enormes flores logo ao início da Primavera.

O seu nome “ladanifer” tem origem na resina que as suas folhas produzem – o ládano – a qual proporciona  um aspecto brilhante às suas folhas. Esta resina, que hoje é bastante valorizada pela industria de cosmética pelas suas propriedades fixadoras de outras essências, está também na origem da sua utilização como bom material combustível pelas nossas populações locais.

É um arbusto que pode atingir até 3 metros e deve-se reconhecer que não tem um porte compacto. Por isso, a colocar num jardim, sugere-se que se siga a norma universal do sentido estético e funcional de arrumar os móveis mais altos no fundo de um dado espaço. De preferência num conjunto de vários pés para que a mancha seja mais harmoniosa. Assim colocadas, com boa exposição solar e em solo bem drenado os resultados são garantidos: Um festim para abelhas e escaravelhos que adoram empanturrar-se do seu néctar.

As suas pétalas podem ser, como refere Fernanda Botelho na sua Agenda 2014 – Plantas Medicinais, Ervas silvestres e flores comestíveis – consumidas frescas ou desidratadas. Já as suas folhas e cápsulas são utilizadas como condimentares na confecção de coelho manso por lhe dar um sabor próximo do de coelho bravo.

Quanto aos usos medicinais, e ainda transcrevendo a Fernanda Botelho, o seu óleo essencial tem propriedades anticépticas podendo ser utilizado como desinfectante de feridas. Na medicina popular do sul do país é ainda considerada como indicada  para o tratamento do mau cheiro dos pés!

Nota 1 – Em Portugal ocorre na costa vicentina uma subespécie – Cistus ladanifer subsp. sulcatus , que para alguns é uma espécie autónoma (Cistus palhinhae). O seu porte arbustivo mais compacto confere-lhe um ainda maior interesse ornamental.

Nota 2 – E talvez a mais importante, o blogue Plantas e flores do Areal, tem uma entrada bastante completa e detalhada sobre esta planta. Para quem quiser aprofundar e ver mais (boas) fotos de estevas é só clicar aqui. Nela, a Fernanda Nascimento esclarece-nos, entre outras coisas, a diferença entre o ládano, a resina da esteva, e láudano, uma substancia de nome parecido mas completamente diferente.

Fonte: (Sementes de Portugal)

Tojo-molar | (Ulex minor Rothm) | Fabaceae

Tojo-molar (Ulex minor Rothm) | Fabaceae

Caducidade: persistente
Altura: até 2 m
Porte: arbusto baixo, verde, aberto, por vezes decumbente com alguns ramos erectos.
Ritidoma: cinzento-acastanhado, escamado. Ramos cobertos por dois tipos de indumento: pêlos compridos e patentes e pêlos curtos e aplicados; espinhos primários até 2 cm, rectos ou um pouco arqueados, iguais ou um pouco maiores que os secundários; espinhos secundários e terciários mais delgados, fasciculados na base do primário, por vezes muito numerosos e densos.
Folhas: reduzidas a filódios primários rígidos, espinescentes, lineares ou linear-triangulares, esparsamente vilosos ou glabrescentes, os secundários quase tão longos como o seu espinho.
Estrutura reprodutiva: bractéolas mais estreitas que o pedicelo, ovado-lanceoladas; cálice até 9,5 mm, com pêlos curtos, esparsos, aplicados; corola igualando ou pouco maior que o cálice, com o estandarte até 10,5 mm, glabro; fruto uma vagem tão comprida como o cálice ou um pouco maior, com 1-4 sementes.
Floração: principalmente entre março e setembro.
Maturação dos frutos: no seguimento da floração
Habitat e ecologia: urzais oligotróficos em solos temporariamente encharcados. Em charnecas, matos, sebes, matagais e terrenos incultos. Habita até aos 900 m de altitude.
Usos e costumes: planta fundamental na alimentação de herbívoros domésticos nas montanhas do Norte e Centro de Portugal; o azoto fixado por esta espécie era, no passado, fundamental para a produtividade dos sistemas tradicionais de agricultura das regiões de clima temperados do Noroeste.
Modos de propagação: (Esta explicação é relativa à espécie Ulex europaeus – tojo-arnal) Por semente: pôr as sementes em água quente, deixar estar durante 24 horas e semear em vasos individuais no final do inverno ou início da primavera. Devem germinar dentro de duas semanas. Deve-se proteger as plantas durante o primeiro inverno e plantá-las nos seus locais definitivos na primavera ou início do verão. As plantas ressentem-se de perturbações nas raízes por isso devem ser transplantadas o mais rápido possível. Por estaca: estacas semi-lenhificadas com 7 cm em julho / agosto. Envase na primavera assim que comecem a enraizar e plante-as no sítio final, o mais breve possível.
Designação inglesa / espanhola: Dwarf furze / Tojo
Fonte: Florestar.net

Queiró (Calluna vulgaris L. Hull | Ericaceae

Queiró (Calluna vulgaris L. Hull | Ericaceae

Caducidade: persistente

Altura: geralmente entre 20 e 100 cm

Longevidade: costumam atingir os 30 ou 40 anos

Porte: subarbusto ou arbusto baixo ramificado.

Ritidoma: ramos finos ascendentes e ramosos, castanho-acinzentados e algo escamosos.

Folhas: oposto-cruzadas, +/- pubescentes, sésseis, até 3,5 mm, com duas pequenas aurículas na base.

Estrutura reprodutiva: flores curtamente pediceladas reunidas em cachos terminais muito alongados; bractéolas superiores semelhantes a sépalas (sepalóides); 4 sépalas semelhantes às pétalas (cálice petalóide); corola com 3-4 mm de diâmetro, 4 pétalas rosadas a lilacíneas, raramente brancas, anteras inclusas; frutos de 1-2,5 mm, capsular com numerosas sementes.

Floração: estival ou outonal

Maturação dos frutos: na sequência da floração.

Habitat e ecologia: matos em solos ácidos localizados em depressões húmidas, muitas vezes turfosos, também em solos não depressionários nos territórios temperados ou mediterrânicos mais chuvosos. Prefere exposição solar total, mas tolera alguma sombra. Sobrevive em solos algo secos, mas não suporta seca prolongada. As plantas conseguem regenerar após incêndios. As flores, ricas em néctar atraem abelhas, moscas, borboletas nocturnas e diurnas. Tolera alguma poda.

Usos e costumes: as toiças são ainda utilizadas, depois de secas, no aquecimento de habitações e fornos de pão; no passado o carvão de C. vulgaris era muito apreciado. Frequente como planta ornamental. Da planta obtém-se uma tinta amarela e das raízes é possível fazer instrumentos musicais de sopro. É útil para recuperar solos secos.

Modos de propagação: Por semente: Semear assim que estiverem maduras, ou então em fevereiro num local com alguma sombra. Deve colocar-se as sementes à superfície ou ligeiramente cobertas de terra. Estratificar as sementes de 1 a 4 meses pode ajudar na germinação, mas normalmente germina dentro de 1 ou 2 meses a cerca de 20ºC. Quando as plantas crescerem o suficiente, mude-as para vasos individuais. Proteja-as no primeiro inverno e plante-as no exterior na primavera seguinte. Por estaca: estacas semi-lenhificadas com um nó (sítio onde se inserem folhas) de cerca de 4-5 cm, em julho / agosto. Também estacas lenhificadas da época de crescimento com 5-7 cm, com um nó, em outubro / novembro. Por mergulhia no outono. Ainda por divisão: Desenterre a planta 12 meses antes da divisão e replante-a 15-30 cm mais fundo no solo para fazer com que cresçam raízes ao longo dos ramos. Após o período de espera, desenterre a planta e corte secções dos ramos juntamente com as raízes. É melhor que estes sejam envasados até que ganhem mais raízes antes de os plantar no exterior na próxima primavera ou início de verão.

Tojo-molar | (Ulex minor Rothm) | Fabaceae

Halimium halimifolium | Cistácias

Arbusto que pode atingir um metro de altura e que forma grandes manchas de tons cinzentos/brancos consoante a luminosidade do dia. Só por isso este arbusto já merecia estar nos nossos jardins, pois é a cor das suas folhas de cor verde claro/cinzento que mais podem contrastar com outras tonalidades de verde.

Como alguém explicava, sobre qual o melhor processo para escolher as plantas para um dado espaço, mais do que as flores (efémeras) o critério que preferia era sempre o da cor das folhas. São elas que perduram mais ao longo do tempo e é das diferentes tonalidades em presença que se pode criar um espaço visualmente mais dinâmico.

Mas as suas flores não são despidas de interesse. Pelo contrário são a “cereja no topo do bolo”. De Abril a Junho as sargaças cobrem-se de flores amarelas com ou sem máculas nas pétalas. Efémeras porque duram um a dois dias mas logo substituídas por outras novas na manhã seguinte.

Apreciadas por inúmeros insectos, as suas flores contribuem para o aumento da diversidade e são também um bom motivo para quem quiser juntar mais uma cor aos rosas, lilazes e brancos das roselhas e estevas.

Fonte: (Sementes de Portugal)
Fonte: Florestar.net

Sargaçinha (Halimium calycinum) | Cistácias

Sargaçinha (Halimium calycinum) | Cistácias

Tendo por referência a sargaça, de que aqui também já vos falámos, também é uma cistácia do género halimium, sendo porém um arbusto de menores dimensões cuja altura pode chegar aos 50-60 cm. As suas folhas fazem lembrar as do alecrim embora não sejam aromáticas. Mas, como dizíamos, o seu maior interesse é mesmo o que decorre da intensa floração que oferece. De Fevereiro até Maio-Junho as suas flores são renovadas diariamente o que lhe confere bastantes possibilidades ornamentais.

Pode ser utilizada facilmente como arbusto ornamental em solos mais arenosos e com pouca água!

Fonte: (Sementes de Portugal)